sexta-feira, 17 de abril de 2009

Banda Larga gratuita às escolas

Veja as matérias abaixo, informando do acordo feito entre as operadoras de Banda larga e o Govewnro Federal que permitem gratuidade de ligação Internet para as escolas do país.


Empresas levarão internet de graça para escolas públicas
Fonte: IAB Brasil, em 6.4.2008

Depois de nove meses de negociação, governo e empresas de telefonia lançam nesta-terça-feira, 8.4.2008, no Palácio do Planalto, um programa para levar internet gratuita, em banda larga, a 55 mil escolas públicas de todo o País, até dezembro de 2010. O lançamento exigiu tanto tempo de negociação porque foi preciso fazer um ajuste nos contratos das operadoras. As concessionárias ficaram desobrigadas de instalar Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs), uma espécie de telecentro, com orelhões e acesso à web, mas, em contrapartida, a estrutura que será espalhada pelo interior do País incluirá a internet em alta velocidade para todas as escolas públicas urbanas.
O projeto, que será implantado pelas concessionárias de telefonia fixa, é considerado um dos mais importantes do segundo mandato de Lula e seu lançamento será usado pelo governo para tirar o foco da crise em torno do dossiê da Casa Civil sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para a cerimônia, foram convidados os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, das Comunicações, Hélio Costa, e da Educação, Fernando Haddad, além do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, e dos presidentes das concessionárias, entre elas, a Telefônica, a Oi e a Brasil Telecom.
MODELO
O acordo pode representar um primeiro passo para concluir a meta do governo de levar internet em alta velocidade a todas as escolas públicas do País. Esse modelo de universalização dos serviços pode ser usado também como medida compensatória para permitir a compra da Brasil Telecom pela Oi, hoje proibida pela legislação. As duas empresas, juntas, levariam a banda larga a cerca de 90 mil escolas públicas restantes, instaladas na zona rural.
O programa, que já foi aprovado pela Anatel, prevê que as empresas, até dezembro de 2010, construam a infra-estrutura de banda larga para permitir o acesso à internet em 3.439 municípios. Hoje, apenas 2.125 municípios dispõem desses serviços. A idéia é de que as concessionárias levem a infra-estrutura até a sede da cidade. A partir daí, a própria concessionária ou outras empresas que aluguem a rede poderão oferecer serviços de internet à população em geral.
Dos 3.439 municípios, 40% deverão ser atendidos até dezembro deste ano. No fim de 2009, 80% do total já terão de dispor da infra-estrutura de banda larga, e todos os municípios terão de ser atendidos até o fim de 2010.
A maior ampliação da cobertura de banda larga terá de ser feita pela Oi. Do total de municípios, 2.730 estão na região atendida pela Oi, em 16 Estados (do Rio de Janeiro ao Amazonas); 452, na área da Brasil Telecom (regiões Sul, Centro-Oeste e Estados de Tocantins, Rondônia e Acre); e 257, na área da Telefônica (no Estado de São Paulo).

56 mil escolas públicas urbanas terão internet banda larga até 2010
Folha on line em 09/04/2008

56 mil escolas públicas urbanas terão internet banda larga até 2010: Ministro da Educação, Fernando Haddad, fala durante cerimônia de anúncio do compromisso das operadoras de telefonia com a implantação de banda larga nas escolas públicas
Governo Federal anunciou ontem (8/4) uma parceria com Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que vai permitir a instalação de banda larga (conexão rápida de acesso à internet) em 56,9 mil escolas públicas de educação básica do país até 2010, beneficiando 37,1 milhões de estudantes ou 86% dos alunos da rede pública. De acordo com o Ministério da Educação, 40% das escolas terão a conexão instalada até o final desse ano e 2 mil até junho. A prioridade é para escolas que já dispõem de laboratórios de informática e infra-estrutura técnica para receber o serviço.
Em 2009, o atendimento deve chegar a mais 40% do total previsto e, em 2010, aos 20% restante. A parte relacionada a infra-estrutura ficará a cargo das operadoras de telecomunicações enquanto os computadores serão responsabilidade do Ministério da Educação (MEC).
Quatro operadoras de telecomunicações, Telefônica, Brasil Telecom, Cercontel, e Companhia de Telecomunicações do Brasil Central (CTBC) vão instalar conexão em alta velocidade (um megabit) e serão responsáveis pela a ampliação periódica da velocidade para manter a qualidade e a atualidade do serviço até 2025.
Para permitir que as operadoras ofereçam a banda larga aos municípios, foi preciso mudar a legislação sobre o Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU), que estabelece os objetivos de inclusão a serem cumpridos pelas concessionárias.
Para isso, foi publicado no Diário Oficial da União do dia 7 de abril um decreto que trocou a obrigação das operadoras de telefonia em instalar Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) pela de levar aos municípios um sistema chamado backhauls, que é a infra-estrutura de rede para conexão em banda larga.
De acordo com o decreto, os backhauls devem estar presentes em 40% das sedes dos municípios até 31 de dezembro de 2008; em 80% até 31 de dezembro 2009 e na totalidade dos municípios até 2010.
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, destacou que a banda larga faz parte de um conjunto de inciativas do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), que vem instalando computadores e capacitando professores em todo o país.
Segundo ele, o serviço trará duplo benefício aos alunos: a dinamização do ensino, com a possibilidade aulas em linguagem mais moderna e a realização de pesquisas, e a inclusão digital.
"Boa parte dos alunos das escolas públicas não tem computador em casa, então eles vão poder fazer também a sua iniciação digital. Essas crianças chegam ao final do Ensino Médio sem saber usar computador. Eles vão ter na escola a oportunidade de aprender a usar o computador e sair para o mercado de trabalho, se for o caso, sem essa deficiência crônica."
Segundo o secretário, a banda larga faz parte de um conjunto de iniciativas do Proinfo, que prevê a instalação de laboratórios de informática em 135 mil escolas públicas até 2010 e a capacitação, só em 2008, de cerca de 150 mil professores para usar a tecnologia na dinamização do ensino.
Hoje, das 77 mil escolas públicas urbanas com ensino básico, que concentram mais de 90% dos alunos atendidos pelo ensino público, cerca de 40 mil contam com laboratórios de informática e 20 mil com acesso à internet.
AMBIENTES VIRTUAIS
Para garantir o bom uso da internet banda larga nos laboratórios de informática das escolas públicas é preciso capacitar professores e digitalizar os conteúdos. Foi o que defendeu ontem (8/4) o ministro da Educação, Fernando Haddad, na cerimônia de lançamento do programa Banda Larga nas Escolas, que até 2010 deve atender 56 mil escolas públicas de educação básica de todo o País.
"Nós temos que criar ambiente virtuais. Não basta levar o laboratório e a banda larga, precisamos criar no Brasil uma indústria de produção de conteúdos digitais educacionais, porque senão a internet terá pouca valia", indicou Haddad.
De acordo com o ministro, ainda no primeiro semestre de 2008 será lançado o portal do professor. "Também queremos utilizar os laboratórios de informática para fazer chegar ao professor aquilo que de melhor os nossos institutos e universidade federais produzem."
Segundo Haddad, o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo) já capacitou 70 mil profissionais e ainda esse ano deverão ser mais 100 mil. Toda a cadeia de inclusão digital está sendo trabalhada por vários ministérios, entre eles o da Ciência e Tecnologia e o da Cultura, que em parceria lançaram edital para a produção dos conteúdos digitais.
De acordo com o Ministério da Educação, 40% das escolas terão a conexão instalada até o final desse ano e 2 mil até junho. Em 2009, o serviço será estendido a outros 40% e, em 2010, aos 20% restantes. Ao todo, o Banda Larga na Escola atenderá 37,1 milhões de aluno, o que representa 86% dos estudantes brasileiros da rede oficial.


24/03/2009 - 09:26h – Folha On line

Governo Serra recusa internet gratuita para escolas
e prefere manter manter serviço pago à Telefonica

O Estado de São Paulo recusou o programa federal de implementação de banda larga nas escolas públicas urbanas, que prevê oferta de acesso grátis à internet até 2025. Ele foi costurado pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) com as companhias telefônicas, no ano passado, sem discussão prévia com os Estados.
A Secretaria da Educação de São Paulo diz que suas 5.537 escolas já possuem banda larga mais veloz e mais segura. Afirma também que gastaria R$ 32 milhões para adaptar as escolas à rede federal sem pôr em risco a segurança do sistema.
O Estado tem uma rede de conexão para toda a administração chamada Intragov. O custo de conexão por escola, pago à Telefônica, é de R$ 194,90 por mês -gasto anual de cerca de R$ 13 milhões.
São Paulo foi o único Estado a recusar a banda larga federal. Segundo a Folha apurou, pelo menos sete Estados que também possuem rede própria de banda larga (CE, SC, PR, MG, PE, MA e PA) aproveitaram a oferta da União como conexão adicional, mas criticam a superposição de redes.
A banda larga nas escolas foi acertada com as empresas de telefonia fixa como parte de um acordo, de interesse delas, para a troca de obrigações nos contratos de concessão.
Elas trocaram o compromisso de instalar postos de serviços de telecomunicações de uso público pela implantação de infraestrutura de banda larga nos municípios. A internet gratuita nas escolas foi uma contrapartida adicional negociada pela Casa Civil.
Até dezembro de 2010, último ano do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, todas as escolas urbanas terão de estar conectadas. As empresas não informam o custo que terão com o acesso gratuito até 2025, mas seria da ordem de R$ 1 bilhão.
Direito adquirido
O secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, disse ainda ter esperanças de convencer o Estado a aderir ao programa.
“Não trabalhávamos com essa hipótese [de recusa], mas ainda estamos em negociação e esperamos que isso se reverta para o bem das escolas. Governos passam, e nossa ideia é que se trata de um direito adquirido da população paulista.”
Bielschowsky admite, no entanto, que a rede paulista é mais segura. “De fato, se você têm uma rede mais centralizada [São Paulo tem rede própria], tem mais controle. Mas a diferença é marginal.”

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